data-filename="retriever" style="width: 100%;">A história de Rodrigo e de Artur foi apresentada nas redes sociais e o vídeo ultrapassou milhões de visualizações. Ela trouxe uma lição de vida que não pode ser esquecida e, por isso, resolvi recontá-la a fim de que a instantaneidade e a liquidez das informações virtuais possam ser superadas.
O relato se inicia com a surpresa de Rodrigo quando sua esposa lhe noticiou a gravidez de gêmeos. No terceiro mês de gestação, o casal e o médico presenciaram a morte de um dos bebês dentro do útero, através do exame de ultrassom, simplesmente assistindo ao seu coraçãozinho parar de bater.
Rodrigo, naqueles dias, sonhou com um menino ruivo, que lhe convidava para jogar bola e que lhe deixou a mensagem de que iriam passar muitas dificuldades, mas que iriam superar a tudo permanecendo juntos.
A gravidez foi alto de risco, sendo que na 30ª semana de gestação nasceu Arthur, havendo poucas esperanças de sobrevivência. Um mês após, ainda na UTI, o rim do bebê parou de funcionar por mais de 30 horas. Alertados sobre o perigo de morte, pai e mãe se sentaram ao lado da incubadora e começaram a rezar o "Pai Nosso". Antes mesmo de encerrar a oração, a criança urinou e, a partir desse momento, se recuperou totalmente.
Quando Arthur tinha três anos e meio, sua mãe se acidentou gravemente, entrando em coma irreversível. Nesse período, Rodrigo precisou dividir sua vida com os cuidados ao filho, à própria esposa e ao seu trabalho. Meses depois, próximo ao dia das crianças, o menino lhe convenceu sobre a necessidade de um maior tempo entre os dois. A partir de então, a relação entre pai e filho se fortaleceu e, em seguida, a mãe faleceu.
Rodrigo teve a certeza da importância de seu papel quando, no Dia das Mães, Arthur lhe ofereceu o primeiro presente confeccionado na escola, dizendo: "Você não é minha mãe, você não é só meu pai, você é minha família inteira".
A vida seguiu e os amigos acompanhavam aquele exemplo de superação e resiliência. Num dia, o menino participava de um campeonato de futebol e ainda não tinha feito nenhum gol. Todos torciam por esse momento. Arthur então recebeu a bola: ele no ataque, na frente da goleira e o goleiro mal posicionado. Mas o menino virou as costas e foi embora. Rodrigo questionou o filho: "Por que você não fez o gol?" Arthur então respondeu: "Quando a bola chegou, matei no peito e ela bateu no braço. Então não valeu". Alguém ainda argumentou que o juiz não havia visto. O menino então retrucou: "Aprendi com meu pai que o que é certo, é certo, mesmo quando não tem ninguém vendo".
No vídeo, o pai apresenta esse exemplo para destacar sua responsabilidade na educação do filho e ensina uma linda e sábia lição: "Só tem um jeito de fazer esse mundo melhor, é tornando nossos filhos melhores do que nós somos".
A pequena família encerra seu relato cantando a canção de ninar que o Rodrigo compôs para o Arthur quando ele ainda era bebê. Nela, ele agradece pelo lindo filho, com cabelos de fogo como o sol, com que Deus lhe presenteou.